G1 andou no crossover urbano Kia Soul
Visual e preço são as apostas da marca sul-coreana.Conjunto mecânico é bom, mas falta o motor flex.
Milene Rios Do G1, em Guarulhos
“Uma virada de página na Kia”. É assim que o presidente da marca sul-coreana no Brasil, José Luiz Gandini, define a chegada do crossover urbano Soul que aposta no visual irreverente e no preço para incomodar a concorrência. E vai mesmo. A versão de entrada, que parte de R$ 51.490, virá apenas no segundo lote de importação, em setembro.
Por enquanto, o modelo mais em conta tem preço sugerido de R$ 55,9 mil, mas traz de série direção elétrica, ar condicionado, vidros e retrovisores elétricos, airbag duplo, freios ABS com EBD e alguns mimos como rádio MP3 player com entrada auxiliar e comandos no volante, porta-revista, tomada 12 v no console central e porta-malas, gaveta sob o banco do passageiro e bandeja para objetos no porta-malas.
Renault Sandero Stepway e Fiat Idea Adventure e Doblò também são concorrentes do Kia Soul (Foto: Editoria de Arte/G1)
O design é questão de gosto. Mas uma coisa deve-se admitir: o Soul tem presença. Assinado por Peter Schreyer, diretor geral de design da Kia, o desenho da carroceria é composto por linhas retas que remetem ao estilo “caixote” e tem um ar de retrô, características semelhantes ao do Mini Cooper, lançado no primeiro semestre deste ano.
Painel do Kia Soul (Foto: Divulgação)
Na cabine esqueça a primeira impressão. A régua foi substituída pelo compasso e as peças apresentam linhas mais arredondadas. Destaque para o console central e o painel de instrumentos com hodômetros circulares, parecidos com o dos rivais Honda Fit e Nissan Livina.
A posição de dirigir e a visibilidade também fazem o motorista lembrar as minivans. É fácil se acomodar, tarefa que é auxiliada pela regulagem de altura do banco e do volante. A área envidraçada é extensa, com exceção da coluna C que por ser um pouco mais larga, aumenta o ponto cego do condutor. Para compensar é oferecido com opcional uma câmera na traseira que, ao motorista engatar a ré, transmite as imagens pelo retrovisor interno.
Mas talvez a Kia tenha passado do ponto com as inovações. No interior do porta-luvas e de um pequeno porta-objetos foi utilizado um tom forte em vermelho. A cor contrasta com o acabamento que é muito bem feito e mistura diversos tons de cinza e peças lisas e texturizadas.
Rodando
Durante o teste, em um trecho reto de cerca de 80 km, na Rodovia Ayrton Senna, a suspensão garantiu um rodar macio – o que não significa que ela terá o mesmo comportamento no ciclo urbano onde a qualidade do asfalto é muito inferior.
Kia Soul (Foto: Divulgação)
Mas deu para sentir a força do motor 1.6 de 16V e 124 cv, o mais potente entre os concorrentes, que se vira muito bem combinado à precisão do câmbio manual de cinco velocidades. Incomoda um pouco o ruído do motor que invade o habitáculo.
A direção é um pouco molenga e, em altas velocidades, o carro exige mais atenção do motorista. No entanto, o pecado do Soul é não ser equipado com motor flex. Mesmo com a proposta de conquistar o consumidor pelo design, o propulsor bicombustível caiu nas graças do brasileiro e pode atrapalhar as vendas inicialmente, como vem acontecendo com o novo Ford Focus. Segundo a Kia, o crossover passará a rodar com álcool e gasolina no ano que vem e há ainda a possibilidade da chegada do motor 2.0. Como disse Gandini, “só Deus sabe o futuro…”
Fonte: G1, Quatro Rodas
Comentário: exatamente, falta o motor flex… mas rumores de em 2010 vir com esse motor.
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