'Empresários vão se reunir e parar a cidade', disse dirigente da Assofresp.
Transfretur estuda medidas, mas também critica pacote anunciado
O diretor da Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Fretamento do Estado de São Paulo (Assofresp), Geraldo Maia, disse nesta segunda-feira (29) que as 120 empresas que integram a entidade vão protestar contra a restrição de circulação dos ônibus fretados em São Paulo.
A Prefeitura de São Paulo anunciou que a partir do dia 27 de julho, os fretados terão que respeitar a Zona Máxima de Restrição à Circulação de Fretados (ZMRF). A restrição ocorrerá entre as 5h e as 21h nos dias úteis.
"Nossa reação vai ser a pior possível. Os empresários vão se reunir e vão parar a cidade", disse Maia. Os dirigentes dos fretados reclamam de ter que desembarcar os passageiros em bolsões à margem do centro expandido, longe da portaria das empresas. A ligação entre esses bolsões e o destino final dos passageiros seria feita por linhas de ônibus e de metrô.
O diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento e para Turismo de São Paulo e Região (Transfretur), Jorge Miguel dos Santos, disse no início da tarde que ainda avalia a situação para decidir o que fazer, mas também deixou claro que não ficou satisfeito com o anúncio.
"Na verdade, conversamos com eles sexta-feira e eles não disseram que iriam anunciar isso hoje. Eu não sei se quis dar uma resposta a isso ou piorar isso. Estão tirando transporte da rua que pode gerar mais carro na rua. E outra: estão tirando ônibus para colocar ônibus", afirmou.
Como será
A zona de restrição cria um minianel viário de 70 km quadrados que, segundo o secretário, pega as principais vias que os fretados percorrem atualmente: Avenida Ricardo Jafet, Avenida Professor Abraão de Moraes, Avenida Afonso d’Escragnolle Taunay, Avenida dos Bandeirantes, Avenida Vereador José Diniz, Avenida Roque Petroni Jr., Avenida das Nações Unidas (Marginal Pinheiros), Avenida Professor Frederico Hermann Jr., Avenida Pedroso de Moraes Rua Cardeal Arcoverde, Avenida Sumaré, Avenida Auro Soares de Moura Andrade, Avenida Marquês de São Vicente, Rua Norma Gianotti, Rua Sérgio Tomáz, Avenida do Estado e Avenida Tereza Cristina. O atual anel de restrição dos caminhões tem cerca de 100 km quadrados, segundo o secretário.
Atualmente são realizadas diariamente, de acordo com a secretaria, 110 mil viagens com veículos fretados na cidade de São Paulo. Cerca de 48 mil dessas viagens abrangem a área da futura ZMRF.
Kassab ressaltou que a medida não visa prejudicar os donos de fretados. “Não é uma ação da prefeitura contra os fretados, mas para regularizar os fretados (...) É inadmissível que um transporte privado cause a desorganização do transporte, principalmente o público”, disse o prefeito.
Antes da entrevista, Alexandre de Moraes mostrou um vídeo mostrando problemas causados pelos ônibus fretados nas avenidas Paulista e Luís Carlos Berrini. Esta última foi usada como exemplo da mudança. Com a criação da zona de restrição, os fretados deixarão de circular pela via e terão que percorrer a Marginal Pinheiros.
Fonte: G1 Globo
2 comentários :
eu acho que todos motoristas afetados pela nova lei, deveriam sair com seus carros pra trabalhar, só assim a prefeitura se daria conta de que ninguém é palhaco pra ficar pagando fretado + metro e ônibus. O que eles querem é ganhar a grossa fatia que os fretados tem. Mas oferecerem transporte digno e confortável, isso, não sabem fazer, tanto que essa proposta de um transporte digno mas com valor diferenciado foi vetado. Ou seja, o povo que se lasque, nos metrôs lotados, onibus que ninguém consegue ir sentado, e não se importam se o executivo que anda de terno chegue todo amarrotado no serviço.
Tem que parar essa cidade.
tem que parar a cidade, só assim vão respeitar o direito de ir e vir do cidadão. É isso ai, todo mundo com carro na rua a partir do dia 27.
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