10 junho 2009

Digitalize seus arquivos antigos para não perder a memória multimídia - Dicas - PC WORLD

Jackson West, da PC World/EUA

Mesmo que alguns já estejam em formato digital pode ser necessário escolher um formato mais novo e que resista ao tempo.

150x100A tecnologia avançou tão rapidamente que pessoas com mais de 30 anos de idade provavelmente têm um acervo de fotos, audio e vídeo que inclui tanto material analógico (negativos, slides, fotos impressas, fitas VHS ou cassete) quanto as várias gerações de mídias digitais.

Com o passar do tempo, alguns tipos de mídia em que esses documentos estão tendem a se degradar. Pior que isso é não se ter mais a aparelhagem necessária para exibir seu conteúdo.

A digitalização de suas mídias pode resolver boa parte desses problemas. Além disso, você poderá reciclar ou jogar fora grande parte das mídias antigas. Sem falar que a possibilidade de vasculhar rapidamente anos e anos de fotos e fazer buscas em uma década de recibos digitalizados é algo precioso e muito útil.

Vamos dar uma olhada no que você precisa saber para digitalizar o seu conteúdo antigo ou atualizar o conteúdo digital para mídias mais recentes.

Organize seu acervo
Primeiro você precisa inventariar as mídias digitais que pode precisar converter ou recuperar, incluindo máquinas antigas, discos rígidos e mídias removíveis. Atenção especial com relação a qualquer coisa quebrada ou danificada, uma vez que para recuperar esse conteúdo pode exigir ajuda de um especialista.

Para mídia analógica – incluindo documentos em papel, fitas e filmes – que se deseja preservar, você pode querer um sistema simples de referência para localizar o original em relação à cópia digital.

Recomendamos etiquetas autocolantes, disponíveis em qualquer papelaria. Depois que você converter tudo, é só escrever o nome de arquivo na etiqueta e colá-la na caixa ou pasta do arquivo onde o material original irá ficar.

Onde guardar seus arquivos digitais

Discos rígidos: A maneira mais rápida de armazenar cópias digitais é usando um rígido. Um HD externo de 1 terabyte (TB) custa cerca de 1.600 reais. Mas esse preço pode cair para cerca de metade se você comprar um HD interno de mesma capacidade e montá-lo em um case com conexão USB e alimentação independente. Um disco com tal capacidade pode armazenar cerca de 180 horas de vídeo em alta definição ou o equivalente a 100 dias de áudio em qualidade de CD ou ainda o conteúdo de 200 DVDs convencionais.

Se puder, compre dois HDs. Use um para o arquivo ativo, isto é, aquele que você consulta com mais frequência. Depois, com o outro HD, faça backup do primeiro e guarde-os em lugares separados e seguros. 

Dessa maneira, caso aconteça algum problema com os dados do primeiro disco rígido, você ainda terá uma cópia.

Backup remoto: Outra opção é armazenar dados online. Você pode usar programas como o JungleDisk, que guarda dados num local remoto, acessível a partir de quase qualquer conexão à Internet.

O serviço e o software juntos custam dois dólares por mês, mais custos de armazenamento baseados em quanto você usa – 15 dólares por mês para 100 gigabytes (GB); 150 dólares por mês para 1 TB. Para comparar, o UOL cobra 59,90 reais por mês por 50 GB de armazenamento.

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Serviços de backup remoto permitem uma cópia extra de seus arquivos
num local seguro, acessível a qualquer hora, em qualquer lugar.

Mídia digital

HDs e PCs antigos: Para discos rígidos incluindo os que estão instalados PCs mais velhos, lidar com esses dados talvez seja uma simples questão de instalar o HD para um case de drive externo. A maioria dos laptops possui discos de 2,5 polegadas, enquanto o de 3,5” foi o padrão para desktops na década passada.

Cases com conexão USB e alimentação externa custam a partir de 120 reais. Certifique-se de que o disco e a conexão do case sejam compatíveis; por exemplo, verifique se o drive é SATA ou ATA/IDE (isso está escrito no drive).

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Coloque um HD velho de 2,5 polegadas dentro de um estojo como esse
para ter acesso rápido e portátil a seus dados antigos

Conversão de mídia
Outra opção a considerar são empresas que convertem mídias antigas para outros tipos de dispositivos, podendo devolver seus arquivo por e-mail, CDs, DVDs ou mesmo em um único HD novinho em folha. Este serviço também pode ser feito por empresas que prestam serviços de assistência técnica de computadores. Uma busca na web irá ajudá-la a encontrar o melhor serviço. Mas atenção: verifique a capacidade técnica oferecida, afinal você não vai querer ver seus preciosos dados nas mãos de qualquer um.

Recuperação de dados
Devido ao tempo ou ao desgaste, suas mídias e hardware podem ficar ilegíveis. Você pode usar software de recuperação de dados para tentar salvar as informações – incluindo fotos e vídeos perdidos de cartões de memória de câmeras digitais. O
Virtual Lab Data Recovery suporta os tipos mais comuns de mídia, hardware e sistemas de arquivo. O Disk Doctors oferece tanto software quanto serviços, incluindo recuperação de dados de mídias e dispositivos danificados. Em casos extremos, pode ser que você tenha de enviar a mídia com problema para uma empresa especializada para a recuperação dos dados.

Formatos de arquivo
Depois que você tiver feito backup de todos os dados em um dispositivo, ele pode não estar legível ou acessível por uma questão de compatibilidade do formato originalmente utilizado. Para resolver isso procure por softwares de conversão, add-ons online ou procure programas de emulação. O
Emulator Zone possui todos os tipos de emuladores de sistemas operacionais antigos, incluindo Commodore, Amiga, e Macintosh.

Mídia analógica

Fitas de áudio: Para digitalizar material em áudio analógico, você vai precisar de um toca-fitas compatível com o tipo de fita que se tem, uma entrada de áudio para seu computador e algum programa de gravação. Se seu computador ainda não tem um conector line-in, você pode comprar um dispositivo USB.

Com relação aos softwares, o Audacity é um editor de áudio gratuito, de código aberto e que vai dar conta do recado. Se o conteúdo consistir em entrevistas ou em conteúdo de voz, você pode transcrevê-lo, de forma que o conteúdo se torne buscável. O CastingWords cobre 75 centavos de dólar por minuto de transcrição (em inglês).

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O Audacity, gratuito, funciona com quase qualquer dispositivo de captura de
som que seu PC suporta, digitalizando fitas antigas com facilidade

Se você tem mídias um pouco mais exóticas, como fitas cassetes de meia polegada e quatro trilhas, e quer preservar as trilhas independentemente, vai precisar de um dispositivo de entrada multitrack.

A M-Audio vende aparelhos USB tanto com quatro quanto com oito trilhas. Se você não tem um dispositivo para tocar as fitas originais, procure estúdios de gravação próximos a você. Alguns serviços de restauração, como o Graham Newton fazem propaganda na Internet; consulte um deles se precisar de ajuda com fitas ou gravações danificadas ou quebradas.

Videotape: Para vídeo digital, um cabo FireWire ou FireWire-para-USB deve ser o bastante para conectar uma câmera a seu computador. De resto, converter uma fita de vídeo é um processo semelhante ao que se faz com fitas de áudio.

Na verdade, se você quer gravar vídeo e áudio, pode usar qualquer um de uma série de dispositivos de conversão de vídeo para gravar ambos – talvez até economizando um pouco de dinheiro.

Por exemplo, o EasyCap USB 2.0 Video Capture Adapter (15 dólares na Amazon.com) pode capturar tanto imagem quanto som. Se possível, utilize um cabo S-Video para melhorar a qualidade da transferência.

Se você gostaria que outra pessoa fizesse o trabalho, é possível localizar algum serviço local que converte fitas antigas em DVD. Caso você tenha tipos antigos de fitas profissionais (como U-Matic, Beta SP ou DigiBeta), você pode precisar de um especialista. A empresa BetaSPtoDVD.com tem um belo blog sobre transferência de vídeo e dicas de arquivamento de acervo.

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Conecte seu antigo videocassete a um simples conversor USB como o
EasyCap para digitalizar seus vídeos - e áudio também

Filme
Negativos e slides:
dependendo da qualidade do resultado digital que você quiser,
existem várias opções. Para slides e negativos de 35mm, você pode obter uma imagem digital decente com um scanner de mesa não muito caro equipado com um adaptador para negativos.

Se você quiser cópias digitais de alta resolução para imprimir depois, a melhor coisa é procurar um serviço especializado, como fazem fotógrafos profissionais.

Movimento: Para filmes em película, um tipo de suporte que registra uma quantidade enorme de informação, não faça a conversão para DVD. Este tipo de material requer restauração para ter melhores resultados.

Para transferências de filmes 16mm para vídeo HD (incluindo a limpeza do filme, entrega e sua mídia de volta) custa algo entre 5 e 8 dólares por minuto em empresas como My Movie Transfer e Video Conversion Experts.

Documentos e fotos
Para documentos em papel e fotos impressas um scanner de mesa em geral dá conta do recado. Se você estiver trabalhando com arte ou fotografia,
scanners modestos podem ser o suficiente e eles custam a partir de 230 reais.

O preço do equipamento sobe à medida que ele venha com mais recursos, com um alimentador automático, útil para quem deseja digitalizar um volume grande de documentos.

É também uma boa ideia ter programas de edição de imagem em mãos para retocar fotos e artes, além de software de reconhecimento óptico de caracteres para converter documentos de texto. Assim, você pode buscar palavras dentro de cada um.

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Apesar de scanners com alimentador de papel custarem mais caro, eles
aceleram significativamente o processo de digitalização de documentos

Tanto se você estiver preservando a história da família como documentos de negócios ou suas próprias obras de arte ou uma coleção de discos antigos, não importa: levar seu acervo para a era digital e torná-los pesquisáveis traz benefícios pra você agora e (principalmente) no futuro.

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