21 abril 2010

Anne Rice – A História do Ladrão de Corpos - Memnoch

Dois livros que eu li e recomendo.

Nos remetem à meditar sobre o céu e o inferno, sobre Deus e o Demônio. Como não poderia deixar de ser, Anne Rice se superou nos dois livros, sendo Memnoch uma continuação das aventuras de Lestat que seguem o livro a História do Ladrão de Corpos.

O primeiro nos remete à imaginação, do que seria, se um vampiro como Lestat pudesse voltar a ser mortal, nem que por um breve período apenas, os envolvimentos da vida mortal, o sexo e as fragilidades humanas.

O segundo livro Memnoch, explora um pouco mais do lado espiritual da procura de Lestat por Deus ou pelo Demônio, nos traz um livro profundo e complexo, que por motivos óbvios talvez jamais algum cineasta se prontifique a transformar em filme, e, se o mesmo fizer sob protestos da igreja, irá subtrair vários momentos importantes do livro, com toda certeza. Uma pena estragar uma história tão boa.

Memnoch nos faz pensar, meditar acerca do Céu e do Inferno, e nos faz ver que tudo o que esta escrito é possível, e passível de ser verdade. Não uma mera ficção, mas um livro para ser lido com calma e reflexão.  Sem dúvida um dos melhores livros da Anne Rice, e infelizmente um dos menos divulgados.

Leiam os dois livros, principalmente Memnoch, sem se ater à religião, sem maniferem indigação, mas viagem na leitura e imaginem como de um modo que jamais iremos ver alguma religião nos contar algo que pode realmente ter acontecido dessa maneira. A criação do Céu e do Inferno, a relação entre Deus e o Demônio, e os humanos.

Como já disse um sábio uma vez, os livros são um reflexo do que pode ter acontecido ou poderá acontecer, e, foram escritos para que possamos nos divertir e nos instruir. Para encontrarmos a verdade no meio das palavras de ficção.

As vezes a história se transforma em verdade, e a verdade se transforma em livro de ficcão.

F.Tedeschi

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"Cabelo louro caindo até os ombros, penetrantes olhos azuis, roupa extremamente elegante, um sorriso irresistível e um corpo bem-feito, com um metro e oitenta de altura que, a despeito dos seus duzentos anos de vida, parece o de um mortal de vinte anos."

A descrição do vampiro Lestat, feita por ele mesmo, pode não combinar com o tipo físico de um Tom Cruise – Daniel Day-Lewis, Hutger Rauer, Jeromy Irons e até Sting foram sondados para o papel de Lestat, no filme inspirado no livro Entrevista com o vampiro, de que A história do ladrão de corpos é continuação.

Só que, agora, Lestat pode mudar completamente.

Um desconhecido que o persegue em vários lugares do mundo – Veneza, Hong Kong, Miami, Londres e Paris – propõe a troca de seu corpo com o do vampiro. É a oportunidade de Lestat sentir as sensações de um mortal. É a chance de Raglan James experimentar os poderes de um imortal.

Esta é uma história contemporânea, passada no final dos anos 80, inclusive no Rio de Janeiro. Depois de alcançar o sucesso durante sua curta carreira de cantor de rock, Lestat se enfronha no candomblé e espiritismo, pelas mãos de David Talbot, um amigo mortal que recusa sua oferta de sangue negro. Torturado por seu amor, suas dúvidas e sua solidão secular, Lestat sonha ser humano outra vez. Ver o sol, beber e comer como qualquer outra pessoa.

Mas uma coisa o perturba. E se o estranho não lhe devolver mais o corpo?

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Traz as desventuras de seu mais famoso vampiro, Lestat de Lioncourt, que, após matar Roger, um traficante de grande poder, acaba encontrando-se com o próprio Príncipe das Trevas, Memnoch, que o convida para ser o próximo herdeiro do trono infernal. O que atrapalha os planos de Mennoch são os vampiros aliados de Lestat, Louis de Point du Lac, Armand, David e Dora, a bela jovem que ele conheceu, filha do traficante que assassinou.

Neste livro, Lestat conhece o Firmamento e o Inferno, o Purgatório e a verdadeira história de Memnoch, um anjo caído que, há tempos, foi um dos preferidos de Deus. Foi punido com a queda por envolver-se de forma carnal com uma mortal.

Este é um dos livros menos conhecidos das Crônicas Vampirescas, mas sua complexidade é evidente. Ele não é a continuação de qualquer um dos outros livros, o que torna mais vantajoso, antes de lê-lo, conhecer bem as histórias de Louis, Armand e David.

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Um comentário :

Anônimo disse...

Anne Rice é muito bom, não é como essa escritora que ta na moda, a que escreveu lua nova, Anne Rice realmente sabe escrever. Pena que virou católica...