Radeon 4550, placa de vídeo decente por 230 reais

Um dos modelos de entrada da ATI quebra o galho para aposentar de vez o seu vídeo onboard

Marco Aurélio Zanni, de INFO Online 27 de março de 2009

Marcelo Kura

Radeon 4550

• AMD/ATI 
• Prós: É fininha, faz pouco barulho e não gasta muita energia
• Contras: O desempenho com alguns jogos é fraco
• Conclusão: Placa de vídeo barata para quem quer substituir o chip onboard sem gastar muito
• Avaliação técnica: 7,2
• Preço: 230 reais

Ficha técnica

• GPU Radeon 4550 > 512 MB DDR3 > PCI Express > DirectX 10.1 > HDCP > Crossfire

Mesmo nos desktops mais novos, com chips de vídeo onboard avançados, uma placa dedicada faz uma tremenda diferença. Uma das boas opções basiconas para quem está querendo fazer esse upgrade, mas não tem muita grana para investir, é esta Radeon 4550, da ATI. Por 230 reais, você tem um produto com 512 MB de memória DDR3 para melhorar o desempenho com jogos e aplicativos gráficos mais pesadinhos.
A placa é uma daquelas de perfil baixo. Com 2 centímetros de espessura, ela é fininha o bastante para caber num gabinete comum, pois não possui nem aqueles ventiladores gigantes típicos dos adaptadores gráficos mais violentos. A 4550 ocupa apenas um slot da placa-mãe e não precisa de alimentação extra vinda da fonte.
Modesta no tamanho, ela também não impressiona pelas configurações. Tem apenas 600 MHz de clock efetivo de memória e, por ter barramento de apenas 64 bits, sua largura de banda não passa dos 12,8 GB/s. Esta Radeon tem resolução máxima de 2 048 por 1 536 pixels. Uma das grandes vantagens do produto está na conectividade. A placa tem uma porta DVI, uma HDMI e até a rara DisplayPort.

Econômica em tudo

Além de caber em apenas um slot e não gastar muita energia, a Radeon 4550 tem outras vantagens no quesito economia. Em nossos testes, após rodarmos vários jogos, a temperatura do processador gráfico ficou em 57º Celsius, enquanto os modelos mais avançados batem os 80º C facilmente. O nível de ruído também é baixo: a 20 centímetros da saída de ar, a placa produziu somente 54 decibeis.
Fizemos os testes com benchmarks e cinco jogos, usando um desktop com a seguinte configuração: processador Core 2 Quad Q6600, de 2,1 GHz, memória de 4 GB DDR3 de 1 333 MHz e disco rígido de 250 GB e 7 200 RPM. A placa estava sem nenhum overclock, como dá para ver na telinha do programa GPU-Z. E o desempenho, em alguns casos, foi melhor que o esperado. No 3DMark Vantage, por exemplo, ela marcou 1 199 pontos, enquanto sua concorrente direta, a 9400 GT, ficou nos 888 pontos.

Jogos (quase) no talo

Rodamos cinco dos títulos mais pesados do momento com uma configuração considerada suficiente para ver um nível de detalhes razoável, sem que o jogo travasse. Em geral, foi possível abrir todos os games, com performance aceitável. Para medir o desempenho, usamos um software contador de frames chamado FRAPS.

Crysis

Num dos games que mais exige da máquina em gráficos 3D, conseguimos atingir média de 12 quadros por segundo. Ou seja, dá para jogar, mas com bastante lentidão. A resolução usada foi de 1 280 por 1 024 pixels, com anti-aliasing desligado e efeitos no médio.

Call of Duty – World at War

Aqui o resultado foi bem parecido com o que conseguimos no Crysis. A placa rodou o jogo com média de 14 FPS, mas todos os recursos de vídeo estavam ligados, com anti-aliasing em 4x. Diminuindo bem essa configuração, é possível comandar o personagem com performance razoável.

Far Cry 2

Com todos os efeitos de vídeo ligados e na resolução padrão de 1 280 por 1 024 pixels, conseguimos jogar Far Cry 2 com tranqüilidade. A placa foi capaz de manter 28 FPS de média, com algumas travadas leves nos momentos com mais ação.

Fallout 3

Aqui, ao contrário, foi impraticável rodar o game com todos os recursos. A média foi de apenas 8 quadros por segundo. Mesmo diminuindo bastante a configuração de vídeo, o jogo ainda ficou bastante lento.

Dead Space

Um dos melhores resultados obtidos no teste foi com o Dead Space, um título que realmente exige menos da placa de vídeo. Foi possível rodá-lo com média de 30 FPS, resultado idêntico ao alcançado pelos chips gráficos intermediários, como o 4850.

Conclusão: ainda compensa fazer um upgrade em certos desktops mais antigos, instalando uma placa baratinha como a Radeon 4550. Em alguns casos, a melhora na performance com jogos é notável. Resta saber se o investimento vale a pena para você, pois com 200 reais a mais já é possível partir para um nível bem superior, comprando um modelo como o 4670.