A Geek recebeu da Microsoft, com exclusividade e dias antes da liberação pública que ocorre hoje, uma cópia do Windows 7 RC para análise. A versão colocada para testes beta, e agora oferecida como Release Candidate, é a versão Ultimate, que em seu lançamento possivelmente terá um preço bem mais elevado que as outras versões, em troca de recursos adicionais. Veja como o novo Windows se saiu em nossos testes.
Embora traga grandes semelhanças com o Windows Vista em sua interface, muitas das mudanças aconteceram por trás dos panos. Há diferenças no código que alteram drasticamente como o programa se comporta e, com isso, melhoram o desempenho geral da máquina.
O feliz abandono da Barra Lateral poupa espaço na tela, embora a princípio cause estranheza utilizar os gadgets flutuando pela área de trabalho ¿ coisa que, aliás, já era possível no Vista. Softwares embutidos no sistema, como o Media Center e o Windows Media Player, tiveram versões renovadas e alguns dos lendários programas, como Calculadora e Paint, também viram suas interfaces remodeladas.
Outros aplicativos como o Windows Messenger e o Movie Maker, porém, foram extirpados. A idéia da Microsoft é dar mais força aos programas da linha Windows Live, que podem ser baixados gratuitamente por qualquer usuário.
Ainda não testamos um dos recursos que mais aguardamos neste lançamento: a profunda integração com interfaces multitoque, telas sensíveis à pressão de dois ou mais dedos simultaneamente. O Windows 7 já está preparado para elas, e isso deve ser um dos pontos altos do software.
Como o Vista, Windows 7 também terá seis versões
No Windows XP existiam apenas as versões Home e Professional: a primeira destinada ao usuário doméstico e a segunda, com opções avançadas e melhores recursos de rede, a usuários corporativos. Contrariando essa tradição, o Windows 7 terá seis versões, assim como seu antecessor Vista, embora apenas duas delas sejam destinadas à maior parte do público.
Desde seu lançamento em 1985, o Windows possuía uma ou no máximo duas versões disponíveis. No Windows Vista, todavia, uma série de versões diferenciadas surgiu, cada uma destinada a um público diferente, o que acabou gerando uma certa confusão entre os usuários e, principalmente, para os revendedores.
Esse legado foi passado ao Windows 7, mas algumas diferenças talvez simplifiquem as coisas para todos. A principal delas é que voltam os nomes Home e Professional, usados no XP, para as versões mais "comuns" do sistema.
O Windows 7 Home Premium é destinado ao usuário doméstico, enquanto o Windows 7 Professional deve equipar as estações de trabalho de pequenas e médias empresas. A Microsoft espera que a maioria esmagadora dos consumidores escolha uma dessas duas versões para "uso geral" e o marketing da empresa será direcionado nesse sentido.
Aumentando ligeiramente a possibilidade de confusão haverá mais quatro versões para fins específicos. A Home Basic substituirá o Vista Starter, aquela versão do Windows Vista que equipa computadores vendidos em mercados emergentes (entre eles o Brasil) e que não oferece opção de upgrade. O Windows 7 Home Basic será, portanto, apenas vendido em mercados emergentes, lembrando que o atual Windows Vista Home Basic é vendido no mundo todo, sem restrições.
A versão Starter continuará existindo, mas agora será dedicada apenas a computadores de baixo custo e aos chamados netbooks, laptops com recursos reduzidos e armazenamento limitado. Ainda não está claro se as restrições da antiga Starter ¿ sendo a mais grave delas a limitação de três programas rodando ao mesmo tempo na máquina ¿ existirão também nesta versão.
Para entusiastas ainda existirá a versão Ultimate, com todos os recursos já desenvolvidos para o Windows bem como alguns extras. E, por fim, haverá ainda a edição Enterprise, dedicada apenas a grandes corporações e vendida mediante contrato ¿ ou seja, você não a encontrará nas prateleiras.
O preço de cada uma delas, porém, ainda é um mistério. Também não foram informados valores de atualização, mas já é fato conhecido que não haverá suporte para migração direta do XP para o Windows 7.
Quem quiser fazer esta troca precisará de uma instalação limpa, formatando a máquina e instalando o novo sistema no lugar. Nesse caso, o usuário precisará adquirir uma licença "full" do sistema, possivelmente muito mais cara que a licença "upgrade" para atualizar do Windows Vista para o Windows 7.
Conheça a trajetória do Windows 7
Em janeiro de 2007, a Microsoft colocou nas prateleiras o Windows Vista, um sistema operacional que teria como objetivo revolucionar a segurança e interface de seu antecessor, Windows XP, no mercado por seis anos. O Vista, entretanto, não alcançou o sucesso esperado. Apenas dois anos e meio após seu lançamento, a Microsoft libera a versão Release Candidate de seu sucessor, o Windows 7.
Em meio a críticas a respeito de decisões de projeto e reclamações sobre incompatibilidade, o Vista não agradou a uma parcela significativa dos consumidores e fabricantes de PC. Uma das maiores críticas a respeito do Vista é sua "fome" de recursos do hardware: é necessário uma máquina bastante poderosa apenas para o sistema operacional, especialmente se comparado ao hardware necessário para rodar o Windows XP.
Para piorar a situação, muitos fabricantes de PCs baratos começaram a vender máquinas que, mesmo subdimensionadas, eram entregues com o Vista. O desempenho, obviamente, era péssimo, o que colaborou para aumentar a má fama do Vista.
Outro problema sério do Vista, no início, era a incompatibilidade de drivers e de software. Os fabricantes de periféricos não haviam tido tempo de atualizar seus produtos para o Windows Vista e, com isso, havia no mercado uma grande quantidade de webcams e impressoras, por exemplo, "micados". Isso sem contar os equipamentos que o usuário já possuía em casa, que sempre funcionaram no Windows XP e que foram forçados a substituir.
Um terceiro ponto de atrito com o Vista teria sido o novo UAC, ou User Account Control. O UAC altera de maneira significativa os poderes do usuário sobre o sistema. Se de um lado o UAC evita muitos dos problemas causados por vírus e hackers, a forma como foi implementado é bastante incômoda, às vezes perguntando duas ou três vezes se o usuário tem certeza do que está fazendo.
Hoje, a maioria desses problemas foi resolvida. Mesmo assim, grande número de usuários ainda faz o chamado "downgrade", apagando o Vista e instalando o antigo e familiar Windows XP.
Windows 7
Já no início de 2008 começaram os rumores de que o sucessor do Vista estava a caminho. Uma suposta versão inicial do programa, de codinome Blackcomb Vienna, teria sido encaminhada a parceiros importantes, com melhorias gráficas e um novo Media Center.
De lá para cá, a maioria dos rumores revelou estar, mesmo que só em parte, correta. O nome Windows 7 foi confirmado como oficial pela Microsoft e versões prévias ¿ legais ou não ¿ começaram a se disseminar por sites de troca de arquivos. Até que, em 9 de janeiro de 2009, a primeira versão beta chegou oficialmente ao público.
Mesmo visualmente semelhante ao Windows Vista, o Windows 7 foi bem recebido tanto por críticos como por usuários. Não só as incompatibilidades que arruinaram a vinda do Windows Vista não estão mais presentes, como também o sistema operacional passou por uma bela dieta de consumo de recursos e processamento.
O otimismo aumentou a tal ponto que, de acordo com a própria Microsoft, muitos usuários estavam utilizando a versão de testes em tempo integral, substituindo outras versões do sistema operacional.
No dia 30 de abril, a Microsoft cedeu aos usuários cadastrados na MSDN e na TechNet a versão Release Candidate (RC), a última etapa antes do lançamento final de um software. É esta mesma versão que está disponível a partir de hoje, dia 5 de maio, ao grande público.
Saiba como baixar o novo Windows 7 RC
A Microsoft disponibilizou publicamente a versão Release Candidate de seu próximo sistema operacional, Windows 7. A versão, oferecida de forma fechada para assinantes da MSDN e da TechNet no dia 30 de abril, está disponível para todos os usuários desde esta terça, e será a mesma classificada como final para o lançamento caso nenhuma falha crítica seja descoberta.
Interessados devem notar que o sistema está apenas nos idiomas inglês, alemão, japonês, espanhol e francês. Assim, são necessárias noções ou conhecimento em um destes idiomas para poder rodar o novo sistema tranquilamente.
O aplicativo pode ser baixado nas versões 32 bits ou 64 bits, a partir do atalho http://tinyurl.com/crxlpq. Ao escolher baixar alguma serão pedidos os dados do usuário e uma Windows Live ID (o login exigido para serviços como Windows Live Messenger ou Hotmail, por exemplo). Uma chave de produto (Product Key) também será fornecida e precisará ser anotada para que o RC seja ativado, caso contrário funcionará por apenas um mês.
O arquivo baixado, no formato .ISO, precisará ser gravado para um DVD-R. O Windows Vista e o Windows XP não trabalham com este tipo de formato de forma nativa. Sendo assim, será preciso um software de gravação de mídias, como o Nero ou o ImgBurn (http://www.imgburn.com/), sendo que este último pode ser baixado gratuitamente.
Uma vez com sua interface aberta, o usuário deve escolher a opção "Write image file to disc". Na pasta com a lupa, é só encontrar o arquivo ISO baixado e, no canto inferior da tela, clicar no botão que mostra a imagem de um DVD.
Recomenda-se um backup completo de todos os dados do computador antes que a instalação do novo Windows seja feita. Em testes realizados pela Geek, verificamos que o sistema lida extremamente bem com dual boot (inicialização que permite escolher entre dois ou mais sistemas operacionais), uma boa escolha para usuários que queiram manter o seu sistema anterior enquanto testam o Windows 7.
Neste caso, será necessário utilizar uma partição extra, que pode ser criada com ajuda de softwares específicos, como o gratuito EASEU Partition Master (http://www.partition-tool.com/).
O próprio Windows Vista traz uma ferramenta de Gerenciamento de Disco, que permite particioná-lo. Lembramos que operações de particionamento devem ser feitas com cautela e conhecimento, sendo assim recomenda-se o backup de todos os dados antes de tentá-la.
Uma partição de 30 GB é mais que suficiente para o teste do sistema, e a instalação não levou mais de 20 minutos em nossos testes. Depois de baixado e instalado, o aplicativo pode ser usado por completo até 1º de março de 2010, quando precisará ser reiniciado a cada duas horas.
No dia 1º de junho de 2010, a versão RC expira e o usuário será obrigado a instalar a versão final ou voltar para seu sistema anterior.
A Microsoft garantiu aos usuários do Vista preocupados com o destino de seu sistema operacional que continuará provendo suporte ao sistema pelo menos até 2011, noticiou o site TechRadar.
Fonte: Terra
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