16 janeiro 2007

Dance Boy e sua tática exótica para conquistar as mulheres

Entrevistado por Alessandro Martins – Texto original na pagina de Alessando Martins

http://www.alessandromartins.com/2006/12/19/dance-boy-e-sua-tatica-exotica-para-conquistar-as-mulheres/#more-350

 

Pessoalmente conheci o Adial há  muitos anos atrás, na verdade estudamos juntos e posso falar que desde essa epoca ele sempre foi um cara com muito talento,

sempre disposto a ajudar os amigos e com um coração sem maldades.

Discordo de pessoas que só querem ficar tirando onda da cara dele e acho que ele está certo em tomar os rumos que ele encontrou para sua vida.

Se todos nós  tivessemos  a coragem de sermos originais e verdadeiros como sempre quisemos, e como ele  o é, quem sabe não teriamos feito a diferença nesse mundo ??

É isso ai Adial, sempre seja esse sujeito amigo e sincero que você sempre foi, e boa sorte na sua empreitada. Tenho certeza que um dia você encontrará a mulher

que o entenderá e te fara muito feliz.

Amigo, você precisa voltar a escrever seus contos e histórias, como fazia nos tempos de escola…

Abraços

Agradecimentos ao Alessandro Martins que permitiu que eu publicasse a entrevista em meu blog.

 Segue a reportagem.

 

Adial Júnior - ou, como prefere ser chamado, Dance Boy - pode ser visto pelas ruas de Curitiba com seu carro rosa e azul-turquesa, antes um Fusca e agora um Del Rey.

Dance Boy em frente ao Ibiza

O Dance Boy com seu veículo antigo em frente a uma
das danceterias que costuma freqüentar em Curitiba

Tanto nos veículos quanto em suas roupas e também em sua bicicleta, os pedestres podem ler os dizeres: “Quero conhecer gatinhas extrovertidas, que curtam dance music e agitem no domingão. Adial Júnior (o Dance Boy). Telefone: (41) 9993-6774. Email: adialjunior@ig.com.br.” E também: “Mulherada: se vocês querem direitos iguais então porque ainda esperam que nós homens é que tomemos a iniciativa e cheguemos em vocês???”

Ele gosta de garotas entre 16 e 18 anos, sonha possuir uma arma e se inspira em personagens como o Oil Man e o Jacaré da Bicicleta, figuras conhecidas do folclore curitibano contemporâneo. Tudo o que ele quer é, com sua tática exótica, sair da mesmice, como ele mesmo diz, deixar de ser mais um na multidão e, claro, conquistar garotas. Às vezes, surpreendentemente, dá resultado.

Trocamos alguns e-mails e ele concedeu-me uma entrevista que reproduzo a seguir com algumas fotografias cedidas de seu blog e de seu perfil do Orkut.

Quando surgiu esse personagem, o Dance Boy?
Comecei em 2000 a ter a idéia de andar personalizado para atrair a atenção das garotas de danceteria e de colégios, ficando dessa forma conhecido, comentado e obrigando as mulheres a notarem a minha existência e se lembrarem de mim. Mas a idéia foi amadurecendo aos poucos e demorou alguns anos para eu chegar ao traje oficial do Dance Boy, ao Dance Móvel e à Dance Bike. Para maiores detalhes veja o meu blog.

Del Rey do Dance Boy

O novo veículo do Dance Boy:
Del Rey tem mais espaço e fez história

Até onde pretende levar essa idéia?
Bom, o meu personagem pretendo levar para o resto da vida. Mas a minha campanha para conseguir mulher com o anúncio nas roupas, no carro e na bicicleta cessará se algum dia eu conseguir um relacionamento sério. Se eu não conseguir insistirei o resto da vida também. Aí pelo menos não ficarei arrependido por não ter tentado até o fim pelo menos.

Você considera a sua tática agressiva?
Sim, sob certos pontos: choca os preconceituosos que acham que homem não pode usar cor-de-rosa; pode chocar aqueles que pelo jeito tem algo contra usar cores vivas e ficam na mesmice, só usando cores mortas e sempre fazendo as mesmas coisas que todos fazem; agride os machistas e as mulheres que querem direitos iguais visando somente os interesses delas. Aqueles que ainda seguem aquela idéia atrasada de que a iniciativa na vida amorosa tem que ser do cara; bate de frente com as pessoas invejosas, com as de mente fechada e com as metidas a donas da verdade que só sabem criticar e não respeitam o meu direito de ser original. Pessoas que só sabem julgar pela aparência e não vão ao fundo, tá ligado? É um protesto contra aqueles que acham que em danceterias só dá o que não presta e que dance music é um estilo de música pobre e que só pessoas sem cultura curtem esse som. E é uma crítica à maioria dessa mulherada orgulhosa, fechada e sem iniciativa de Curitiba, que mesmo que a gente tome a iniciativa ficam se fazendo mesmo quando estão a fim. Cheias de nove horas e tudo o mais.

Você antes tinha um fusca. Agora tem um Del Rey. A mudança de carro deu algum resultado?
Não ainda, mas não mudei para melhorar os meus resultados. Precisava de um carro mais espaçoso e com porta-malas maior, pois quando viajo carrego minhas malas, comida, bebida, as malas dos meus pais, irmã ou amigos e é claro, a Dance Bike com seus acessórios. Além disso posso trazer algumas coisas adquiridas no lugar para onde fui. Na verdade se eu tivesse dinheiro suficiente o meu sonho era um Cadillac Eldorado ano 1957 ou 1958, ou senão um Chevrolet Impala ano 1960. Adoro carros antigos dessas épocas, aqueles “rabos-de-peixe” como eram chamados. São imponentes, enormes, bem mais bonitos que os carros modernos, nostálgicos e chamam muito mais a atenção. Eles simplesmente apavoram! Esses sim eu acho que dariam mais resultados. Mas gosto do Del Rey por ser espaçoso e ao mesmo tempo econômico e ter marcado época. Faz parte do meu protesto contra essa sociedade de consumo que vive somente em torno da moda.

Alguma vez a sua tática deu resultado?
Bem, já chegou uma dentro de uma danceteria, embora não fosse pelo anúncio da minha camiseta (que ela viu depois). O meu amigo disse a ela que eu gostava que a mulher corresse atrás de mim e ela então veio. Teve umas que me telefonaram quando fizeram uma reportagem comigo para a televisão com o novo Dance Móvel Del Rey. Mas eram todas de fora e de longe, onde eu não tenho nem conhecidos. Com essas não rolou nada. Teve uma outra que meu amigo ajudou ela a se aproximar de mim em outra danceteria e outras também nesse tipo de casa. O DJ me chamava, me apresentava para a galera e a garota que subisse lá em cima e me beijasse, ganharia cervejas pela participação. Quase sempre deu resultados. Finalmente uma noite de domingo quando voltava de uma danceteria três mulheres me pediram carona para ir a um barzinho nas proximidades. A que fez o meu tipo leu o que está escrito em cima do carro, se sentou ao meu lado e foi extrovertida até demais comigo. Me convidaram para ir no barzinho mas não fui, pois era tarde, tinha que trabalhar no outro dia cedo e elas estavam meio bêbadas já. Me despedi dizendo que ficaria para outro dia e ela me deu um beijo molhado na boca ao sair. Quem me dera que isso acontecesse pelo menos uma vez por mês!

O próprio Dance Boy

Dance Boy no uniforme que usa
para atrair pretendentes

Em seu perfil do Orkut você diz que gosta de garotas de 16 a 18 anos. Não teme ser considerado pedófilo?
Não, pelos motivos seguintes motivos: não sou pedófilo porque as garotas nessa idade não são mais crianças e sabem muito bem o que estão fazendo. E acho que essa lei teria que ser revista. É estranho uma lei que considera gente nessa idade incapaz de responder pelos seus atos e ao mesmo tempo lhe dá direitos políticos. Que eu saiba um eleitor tem que ter uma mente madura para votar. É por causa disso que há “menores” infratores que matam, roubam e não podem ser presos. Andam livremente de madrugada, vão em casas noturnas e etcétera. Se são crianças deveriam ficar em casa como antes; houve uma época em que os menores que andassem nesses horários eram recolhidos e depois os pais eram avisados. Pelo menos a justiça era mais coerente naquele tempo. Quem conhece a realidade de periferia sabe que grande parte das garotas das danceterias de bairros não são santas. Várias até grávidas estão. E depois vem uns alienados me dizerem que elas não sabem o que estão fazendo. Aqui ó. Meu avô paterno era uns onze anos mais velho que minha avó e meu pai é sete anos mais velho que minha mãe. E deu certo. Minha outra avó casou com dezesseis anos e assumiu um lar. Se ambas as partes se curtem, isso não tem nada a ver. É puro preconceito. Tem gente com dezessete anos mais cabeça que outros com vinte e sete, isso eu te garanto! Tudo depende do tipo de pessoa. Não sou o único. Conheço o dono de uma danceteria que tem uns cinquenta e curte garotas na faixa de dezoito e vinte e poucos anos. Vejam aqueles homens de televisão que já estão na terceira idade e casam com mulheres de trinta ou até menos. Nunca me esqueço de uma reportagem que vi na tevê há muito tempo, em que um homem de 38 anos se casou com uma garota de 15! Isso sem mencionar os rapazes que curtem mulheres bem mais velhas. Se é assim então porque que eu que sou mais novo que estes homens não posso ficar com uma guria de 17? É uma questão de gosto e gosto não se discute. Gosto de mulheres de mais de vinte também. O difícil é encontrar uma de trinta por exemplo, conservada, que não tenha perdido aquele espírito jovem, que goste de ir em danceterias nas matinês e não tenha filhos. Geralmente quando acontece de garotas mexerem comigo são da faixa etária em questão. Mulheres mais velhas são mais recatadas, se forem para chegar num cara já ficam ressabiadas pensando que o cara vai achar que elas são muito fáceis. Além do fato de serem mais caseiras e eu adoro aquela energia jovem que nunca perdi; para eles não têm tempo ruim para sair, são mais impulsivos. Não que não haja exceções, só que eu simplesmente não encontrei nenhuma até hoje. E depois eu não me aproveito delas nem nunca fiz isso. Em primeiro lugar não chego em mulher: espero que elas cheguem. Já fiquei com uma guria de 17 e com uma garota de 23, além de outras novas que dois DJs me ajudaram, me apresentando para toda a galera da danceteria. O máximo que rolou foram beijos e abraços. Isso pode ser considerado um estupro? Que eu saiba estupro é quando foi forçado contra a vontade da pessoa! O problema é que quando falo em namorar ou ficar todos já pensam em sacanagem. Mas e se eu namorasse sério sem rolar coisas muito íntimas e com o consentimento dos pais? É verdade que em caso da mulher ser de maior meu sonho é ser seduzido por uma. Mas sei respeitar se o caso for outro, se ela for mais nova e mais “direita”. Danço conforme a música. Sempre quis dizer uma coisa para os pais dessas garotas se alguns me criticarem: o que é melhor? Sua filha ficar com um rapaz maior de idade, com carro, casa em andamento e um trabalho fixo ou com um desses malacos da idade delas (ou até mais velhos), sem futuro, sem cabeça no lugar, muitos até usuários de drogas, que não querem compromisso e que muitas tanto badalam? Quem é que seria mais perigoso para elas?

Criança

Dance Boy antes de se
transformar no Dance Boy

Você também diz sonhar possuir uma arma de fogo…
Desde criança fui fascinado por armas, dentre outras coisas. É um sonho meio antigo já. Se fosse rico teria várias em uma sala, como um colecionador. Gosto de metralhadoras, revólveres, pistolas e rifles com luneta. Além disso, tem a questão da defesa pessoal e do meu protesto contra essa gente que acha que armas só servem para matar. Discordo plenamente: pode salvar sua vida se a oportunidade lhe permitir. Além de agressão e assalto nas cidades e no seu lar, é útil em um acampamento no mato por exemplo. Lembro-me bem de um caso em que eu era criança e íamos com minha irmã e meus pais na casa dos meus avós paternos na Vila Tingüi, em Curitiba. Ao passarmos na rua em frente a um terreno de muro baixo um cão pastor alemão pulou o muro e investiu contra nós furioso. Todos paramos e meu pai se abaixou para catar uma pedra. Aí o bicho parou e ficou latindo sem parar. Lembro-me bem do que meu pai disse: “É nessas horas que eu queria ter um revólver! Pois é, concordo plenamente com ele. E vão me dizer que uma arma não tem utilidade? Faço questão de ter uma para ir de encontro aquela proposta ridícula que fizeram há pouco tempo atrás, de proibir o comércio de armas de fogo, desarmando assim a população no Brasil. Como se a causa da violência no país fosse um simples revólver! Ainda bem que perdeu, a população viu muito bem que como a lei neste país não funciona direito, o cidadão de bem estaria desarmado e a mercê dos bandidos. Para ser mais eficiente essa campanha porque não começam acabando com o tráfico de drogas e de armas? Porque não acabam com o arsenal dos traficantes. Até fuzis e outros armamentos de uso militar eles têm! Quero aqui falar o que meu pai queria dizer, já foi dito por um cara numa reportagem de televisão, mas gostaria de repetir. Um repórter veio perguntar a um cidadão se ele era contra ou a favor do desarmamento da população. Ele disse que era contra mais ou menos pelas mesmas razões que expus. Aí o repórter disse que a proposta era primeiro desarmar o povo e depois os bandidos. Ao que o homem retrucou com escárnio: - Essa eu pago pra ver! Para finalizar, o que eu acho que deveria de ter é um controle rigoroso ao se adquirir uma coisa dessas. Tanto uma pistola como a direção de um automóvel não é para qualquer pessoa. O sujeito tem que ter controle e cabeça no lugar para usar.

Você acha as garotas de Curitiba muito difíceis? Conhece garotas de outras cidades? O que acha delas?
Para um cara como eu que não consegue chegar, acho quase impossível ficar com uma mulher daqui. São prá lá de difíceis e exprimi bem o que penso no vidro traseiro do Dance Móvel, nas minhas roupas e vou colocar também na minha Dance Bike: “O mal das garotas curitibanas é o orgulho: 90% ficam se fazendo mesmo quando estão a fim!!”. Claro que deve haver excessões, estou falando da maioria! Conheci algumas de outros lugares: fiquei com uma de Maringá, uma de São Paulo e uma gaúcha. Prefiro às de fora, desde que sejam alegres, atiradas, gente fina, gostem bastante de conversar e tomem a iniciativa. Tenho atração por gaúchas, principalmente as loiras de cabelos lisos e longos. Aqui em Curitiba com esse povo fechado é muito, muito difícil, tanto que desanimei de vez! Tento porque sou teimoso, quero tentar até o fim da minha vida por desencargo de consciência. E porque pelo menos assim eu ficarei conhecido e as mulheres saberão que homem tem, elas é que não valorizam! Assim que der quero sair do estado do Paraná e conhecer um povo mais acolhedor e com mais calor humano. Todas as gurias que ficaram comigo eram de fora (uma paulista, outra do noroeste do Paraná, outra do norte do Paraná e uma gaúcha). Praticamente todas que me telefonaram ou me escreveram eram de fora também. Fui em várias outras cidades e notei a diferença entre as pessoas daqui e desses lugares. Eu sempre procuro tirar a prova: quando chega uma mulher para começar um papo comigo eu já pergunto se ela não é curitibana. E falo a real para você: acerto em noventa por cento das vezes!

Praia 2

Um momento de contemplação do Dance Boy

Pela internet, o contato entre as pessoas não ficou facilitado? Já teve sucesso dessa forma?
Até o momento infelizmente não. Antes de existir a rede do Orkut eu já havia tentado em bate-papos on line e me cadastrando naqueles sites tipo alma-gêmea. Nunca deu certo, ao contrário de uma prima minha que se correspondia com um cara de Brasília, se conheceram, namoraram e se casaram. Fico de cara com isso. Essas coisas não acontecem comigo, só com os outros. Parece pessimismo, mas é a pura verdade! O Orkut me decepcionou um pouco porque até agora não consegui conhecer pessoalmente nenhuma pessoa e travar uma amizade pelo menos. Nem com homens. E não foi culpa minha, sempre tento. Mas o que me deixa feliz é que estou ficando cada vez mais conhecido por causa dele, do meu blog e do meu fotolog. O meu perfil desde o começo deste ano já foi acessado mais de quatorze mil vezes! O meu sonho é ir em um programa a nível nacional como o do Jô. Sei que quem vai me escrever provavelmente serão pessoas de fora e não curitibanas, mas acho que vale a pena tentar!

Praia 1

Dance Boy ao sair do mar: uniforme até debaixo da água

Você diz gostar de Dance Music. Que gêneros especificamente? Ainda há lugares onde se possa ouvi-la?
Gosto da Dance Music dos anos noventa: Lee Marrow, Technotronic, AB Logic, Plaza, Erika, Dj Dero, The Outhree Brothers, Gigi Dagostino, 2 Unlimited, La Bouche, Ace of Base, Mr. President, Keith Litman e vários outros. E algumas dance mais modernas como Brothers, Kasino, Magic Box, etc. Tem outras dançantes como a discoteca dos anos setenta, a Euro Disco da década de oitenta, o Technopop e a House Music desta mesma década. Isso sem mencionar as lentas e outros gêneros como o pop e o rock da década de setenta. Sobre os lugares, existem ainda danceterias que toquem, mas a maior parte são as músicas dance mais atuais. Sinto a falta de lugares que valorizam todas que marcaram época, desde as mais antigas até os lançamentos. E também de lugares com uma galera mais cabeça, que vá no lugar para curtir numa boa e não para arrumar confusão. Infelizmente baixou muito o nível do pessoal que vai à esses lugares.

Fale sobre o seu símbolo, o “globo maluco”.
Ao criar a personalização do meu traje eu senti que como estava ligado às danceterias e às musicas dançantes, precisava colocar bem visível um tipo de logotipo que lembrasse esses lugares (pelo menos para quem os frequentasse). Tinha que ser colorido e chamar a atenção. Aí me lembrei daquele globo ou bola maluca giratória preto, que ficava no teto, com aquelas luzes coloridas espalhando fachos para todas as direções e dando aquele visual tão massa dentro da danceteria. E uma vez dentro da antiga Sistema X eu levei uma caneta e papel e olhando um que tinha lá fiz um esboço, depois melhorei o desenho, coloquei uma simulação de raios de luz de várias cores e passei a usá-lo como a logomarca do Dance Boy, em suas roupas, carro e depois na bicicleta personalizada. Nas últimas camisetas que mandei fazer estou pintando essa figura e os dizeres com glitter misturado com a tinta, pois reflete a luz e chama mais a atenção.

Você trabalha? Estuda? Faz o quê?
Trabalho de segunda à sexta mas não na área de que mais gosto. Estou querendo fazer propaganda em fins de semana e feriados usando o som do Dance Móvel e da Dance Bike. No momento não estou estudando. Preciso aprender inglês, me ajudaria muito. Até a entender a letra das músicas. No meio da semana de noite eu estava indo na frente de colégios fazer propaganda de mim com o carro e em alguns com a bicicleta. Treinava também musculação e kung fu, mas infelizmente tive que parar por causa da dificuldade financeira pela qual estou passando. Nos sábados vou rodar a cidade com a bike personalizada, com o som funcionando e o jogo de luzes de noite, mais ou menos como o Oil Man faz há anos. É uma das melhores maneiras que descobri de ficar conhecido. Nos domingos vou sempre em alguma danceteria e logo que entro ligo o conjunto de luzes que carrego em meu próprio corpo, os quais uso também dentro do carro e na bike. Assim não tem como passar despercebido pelas garotas.

Não teme se transformar em um personagem folclórico de Curitiba como o Oil Man? Ou a idéia lhe agrada?
Eu temer? É justamente o que procuro! Se eu não fizer isso as mulheres não notam a minha existência, nem fico lembrado e comentado nas danceterias, colégios e outros lugares! Admiro muito a coragem e originalidade do Oil Man e do Jacaré da Bicicleta com sua bicicleta com som e cheia de coisas. Eles foram algumas das minhas inspirações para o meu personagem. Se fizessem tudo igual a todo mundo e não fossem excêntricos, seriam mais um na multidão e não seriam famosos como são. O Homem Óleo já virou até garoto propaganda, que era um dos meus sonhos. Eu fiz oficinas de teatro e nunca consegui. E ele fazendo isso chegou lá. O Jacaré vive fazendo propagandas de lojas. Eles sem saber me mostraram o caminho e eu desenvolvi a minha “fórmula” para sair do anonimato de uma vez por todas e obrigar as mulheres a me notarem. Já tentei outros caminhos e como não deu certo tentei esse agora, o qual se mostrou muito mais eficiente tá ligado? Se puder ir um dia a algum programa nacional como o do Jô ou outros, eu mostraria a todas que homem tem, elas é que não me valorizam. E falaria ao Brasil todo que o que quero é uma guria de danceteria que vá nas matinês, tenha a cabeça no lugar e tome toda a iniciativa e chegue em mim! Aí serei pelo menos reconhecido nas casas noturnas, e não voltarei desanimado como quase sempre acontece quando vou nestes lugares ou em qualquer outro procurar uma mulher.

Você se considera um defensor dos direitos dos homens?
Eu acho o seguinte: concordo com a luta da mulherada por salários iguais, oportunidades de trabalho e tudo o mais que elas querem. A minha briga com elas é que a maioria quer direitos iguais mas só visando os interesses e a comodidade delas. Arregaçarem as mangas, tomarem a iniciativa e chegar em um carinha por quem se interessam e que não sabe chegar por ser tímido como eu, pouquíssimas fazem não é mesmo? Nisso eu defendo sim os direitos dos homens! E porque muitas ainda tem tanto preconceito com mulheres que praticam musculação? Levantar peso é coisa de homem? Porque a cor rosa é cor de mulher? Porque uma mulher se usar azul não é chamada de lésbica? Que direitos iguais são esses? Contraditória essa sociedade não acha?

O Dance Boy e sua bicicleta

A Dance Byke: Jacaré e Oil Man são
uma inspiração para o Dance Boy

Seu personagem e seu jeito de ser alguma vez prejudicaram sua vida pessoal?
Algumas vezes. Briguei com muita gente ignorante e metida a dona da verdade e me afastei de muitos. Mas não me arrependo. Antes eu me vestia sempre normal pelos padrões desta sociedade e nunca encontrei a garota dos meus sonhos nem ao menos alguma que quisesse algo sério comigo. Nunca na minha vida me realizei tanto como agora. E hoje que descobri a fórmula da popularidade, bato e continuarei batendo de frente com esses preconceitos que tanto critico. Não sou de ficar calado e de braços cruzados como muitos, que acham que o mundo sempre foi assim e assim deve continuar. O Dance Boy é um tipo de manifestação da minha personalidade que muitos quiseram reprimir.

Você vive com seus pais. O que eles acham de seu estilo de vida?
Vivo. Já morei sozinho, mas agora eles venderam onde moravam para ficarem perto de mim e a minha irmã também. Compramos dois terrenos e quando minha casa estiver pronta aí vou morar sozinho, embora vizinho deles. Este é outro dos meus sonhos: estar sempre perto deles e ao mesmo tempo ter meu próprio canto. Quanto ao meu estilo eles não pensam igual a mim em tudo, mas como sou de maior e decidido a seguir esse caminho, eles não se intrometem.

A entrevista encerra com um pedido de Adial Júnior para a divulgação de seus contatos.

Ei-los:

Telefone:(41) 9993-6774

Fotolog: http://fotolog.ig.com.br/danceboyadialjunior

Blog: http://danceboyadialjunior.blig.ig.com.br/

Orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=10280463895725888911

As fotografias usadas na entrevista foram retiradas do blog e do perfil do Orkut de Adial.

Um comentário :

Anônimo disse...

Muito obrigado pelo link e pela citação! Fico muito feliz. Em uma outra oportunidade apenas peço que o texto não seja citado integralmente, de maneira que o leitor seja conduzido à fonte caso queira ler.

Vou colocar seu blog nos meus feeds e assim poderei acompanhar sempre que você tiver novidades.

Abraços!